Como referido na publicação anterior, propomos começar a abordar as questões da avaliação, após as publicações iniciais sobre a qualidade (de um modo genérico).
Assim, começamos por apresentar ou relembrar algumas definições de avaliação:
"Processo através do qual se delimitam, obtêm e fornecem informações úteis que permitam julgar decisões possíveis"
(Stufflebeam, 1980)
"(...) é um processo e não um produto, no entanto, é um processo que se justifica desde que se constitua como um ponto de apoio para tomar decisões racionais. Nesse sentido, a avaliação consiste num processo de identificação, recolha e tratamento de dados que vise obter informação que justifique uma determinada decisão."
(Tomás Escudero Escorza, 1980)
Ou seja, avaliação...
No "Guia Prático Auto-avaliação de Escolas", os autores (Vítor Alaiz, Eunice Góis e Conceição Gonçalves) referem o seguinte, no que respeita a aplicação destes conceitos às Escolas:
"A avaliação consubstancia-se, assim, na recolha e tratamento de informação que, constituindo o referido, permitem a comparação com o padrão, o referente; essa comparação expressa-se no juízo de valor".
Assim, sobre a avaliação de organizações escolares, estes autores distinguem "duas grandes formas de avaliação de escolas, tendo em conta os principais agentes da mesma:
Avaliação interna: é aquela em que o processo é conduzido e realizado exclusivamente (ou quase) por membros da comunidade educativa da escola.Pode ser definida como a análise sistemática de uma escola, realizada pelos membros de uma comunidade escolar, com vista a identificar os seus pontos fortes e francos e a possibilitar a elaboração de planos de melhoria (...).
Avaliação externa: é aquela em que o processo é realizado por agentes externos à escola (pertencentes a agências de avaliação públicas ou privadas), ainda que com a colaboração indispensável de membros da escola avaliada.
(...) Estas duas formas de avaliação de escola são, por vezes, apresentadas uma contra a outra. (...) Porém, esta oposição tende a ser ultrapassada em vários sistemas educativos pelos esforços no sentido de encontrar formas que respondam adequadamente às diferentes críticas que têm sido apresentadas, nomeadamente pelo recurso a abordagens que integrem os aspetos considerados mais positivos das duas formas de avaliação."
Estes autores (na obra supra citada) referem ainda, relativamente à avaliação externa, algo que a meu ver é muito relevante:
"Apesar de a publicação destes resultados ter suscitado reações a diferentes níveis de decisão, desconhece-se o seu impacto real na opinião pública, no sistema educativo e, particularmente, nas escolas. No entanto, a massa de informação que eles proporcionaram era suficiente para permitir intervenções, quer a nível do sistema, quer a nível das escolas. Estas devem olhar para os resultados das avaliações externas e desenvolver processos reflexivos e interrogar-se: Por que é que os nossos alunos obtiveram estes resultados? O que fizemos bem? Em que errámos? Que precisamos de mudar? Que metas devemos estabelecer? Que estratégias necessitamos de utilizar para alcançar os objetivos que nos propomos?"
Estes autores (na obra supra citada) referem ainda, relativamente à avaliação externa, algo que a meu ver é muito relevante:
"Apesar de a publicação destes resultados ter suscitado reações a diferentes níveis de decisão, desconhece-se o seu impacto real na opinião pública, no sistema educativo e, particularmente, nas escolas. No entanto, a massa de informação que eles proporcionaram era suficiente para permitir intervenções, quer a nível do sistema, quer a nível das escolas. Estas devem olhar para os resultados das avaliações externas e desenvolver processos reflexivos e interrogar-se: Por que é que os nossos alunos obtiveram estes resultados? O que fizemos bem? Em que errámos? Que precisamos de mudar? Que metas devemos estabelecer? Que estratégias necessitamos de utilizar para alcançar os objetivos que nos propomos?"
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