terça-feira, 17 de maio de 2016

10 Aspetos a ter em atenção...

Ainda no que respeita ao processo de autoavaliação, existem alguns aspetos que podem ser preponderantes no sucesso da sua operacionalização e desenvolvimento.

Alexandre Ventura refere alguns aspetos importantes a ter em conta num processo de autoavaliação, designadamente:
- Iniciativa própria do estabelecimento de ensino;
- Clareza quanto aos objetivos do processo de autoavaliação;
- Ação duradoura e não apenas um esforço temporal;
- Liderança sistemática e continuada do processo;
- Envolvimento do maior número possível de atores da comunidade;
- Avaliar e melhorar um número reduzido de aspetos de cada vez;
- Celebração dos "pequenos triunfos";
- Construção de planos de ação;
- Acompanhamento e/ou apoio externo, somente como um aspeto opcional.

Neste sentido, acrescentando um pouco do que penso sobre estes aspetos, que, a meu ver, são essenciais para o sucesso de um processo de autoavaliação:

Iniciativa própria do estabelecimento de ensino: um estabelecimento de ensino pode iniciar um processo de autoavaliação, por vontade própria ou por se sentir pressionado pro imposições legais, por exemplo. No entanto, a meu ver, é importante que o processo tenho início por vontade da direção, por saberem que chegou o momento. Isso significa que existirá um comprometimento com o processo, que se reconhecem os benefícios e vantagens da sua operacionalização.

Clareza quanto aos objetivos do processo de autoavaliação: necessário em qualquer projeto, em qualquer processo. Só com objetivos claros conseguimos saber para onde devemos ir, qual o caminho a seguir. Só assim será possível monitorizar o processo e saber se conseguimos alcançar os nossos objetivos, não nos desviando do nosso caminho durante o processo.

Ação duradoura e não apenas um esforço temporal: um processo de autoavaliação (seja qual for o modelo seguido) exige um esforço adicional e somente poderá funcionar como um instrumento de gestão se for entendido como tal. Ou seja, não deverá ser aplicado uma só vez. Isso não dirá nada sobre a organização. Não irá permitir que se veja a sua evolução, que se veja o resultado do processo de autoavaliação. Sempre no caminho da melhoria contínua, este também deverá ser um processo contínuo.

Liderança sistemática e continuada do processo: o compromisso da organização, da equipa de autoavaliação, da própria direção, com o processo de autoavaliação. O reconhecer as vantagens do processo e como o mesmo poderá ser um precioso instrumento de gestão, de apoio à decisão (baseada em factos).

Envolvimento do maior número possível de atores da comunidade: um processo de autoavaliação terá maior sucesso quanto maior for o envolvimento de todos, pelo menos daqueles que mantêm uma relação direta com o estabelecimento de ensino em causa. O envolvimento de todos é crucial. O facto de todos terem a oportunidade de participar, de sentir que fazem parte do processo irá também diminuir possíveis resistências à mudança, no decorrer do processo.

Avaliar e melhorar um número reduzido de aspetos de cada vez: tal como em tudo less is more. Não nos interessa que no final do processo se tenha imensa informação, se não a conseguirmos tratar/analisar. Interessa sim, sabermos o que estamos a avaliar, daí retirar os pontos fortes e os aspetos a melhorar. E, caso sejam identificados muitos aspetos a melhor, é importante que se faça uma priorização desses aspetos. É crucial que exista um compromisso, ou seja, que depois de apresentado um plano de ações de melhoria, o mesmo seja implementado tal como planeado. Que seja apresentados os resultados a toda a comunidade.

Celebração dos "pequenos triunfos": tudo o que conseguirmos alcançar neste e com este processo deverá ser celebrado, aliás, mais uma vez, como em tudo na vida. As conquistas, mesmo as mais pequenas, deverão ser celebradas. 

Construção de planos de ação: os planos de ação são cruciais. A sua veracidade é fundamental para este processo. O compromisso assumido na criação dos mesmos é essencial, ou seja, o facto de cumprirmos o nosso plano, de procedermos à sua monitorização, de o avaliarmos. Tudo representa o compromisso com o processo em si e com todos os envolvidos, todos aqueles que participaram, todos os que pertencem à nossa organização.

Acompanhamento e/ou apoio externo, somente como um aspeto opcional: reforço que este é um aspeto completamente opcional. Recordo que a Escola que obteve a melhor avaliação no primeiro ano de avaliações externas (IGE), não teve qualquer ajuda/apoio externo. Construiu um modelo próprio de avaliação, completamente adaptado à sua realidade e necessidades.

Eu acrescento mais um aspeto, a meu ver, crucial e que se relaciona com todos os outros referidos anteriormente:
A Equipa de Autoavaliação: elemento fundamental para a operacionalização de qualquer processo de autoavaliação, independentemente do modelo seguido. 





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