sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Algumas técnicas de apoio ao diagnóstico...

No seguimento da publicação anterior, terminamos a semana relembrando algumas técnicas que nos podem ajudar ao nível do nosso diagnóstico, complementado-o.

Diagrama de causa-efeito (também conhecido por espinha de peixe): instrumento de sistematização e apresentação de deficiências e as suas causas.

Imagem retirada da Internet


Diagrama de Pareto: evidencia relações como custo de problemas ou peso relativo das diferentes causas de um problema. Permite, assim, evidenciar questões críticas.

Imagem retirada da Internet





Fluxograma do processo: sequência de operações (atividades) especificando, por exemplo, o seu responsável e a duração.
Imagem retirada da Internet


Análise da perceção: chama a atenção para o que pensam e sentem as pessoas envolvidas. A sua importância resulta do facto do comportamento ser influenciado pelo que é sentido, independentemente da sua veracidade objetiva.


Análise SWOT: .muito utilizada pelas organizações para o diagnóstico estratégico. O termo SWOT é composto pelas iniciais das palavras Strenghts (Pontos Fortes), Weaknesses (Pontos Fracos), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Ou seja, engloba as duas duas dimensões: a interna e a externa. A dimensão externa através das oportunidades, e das ameaças e a dimensão interna através dos pontos fortes e dos pontos fracos.
Imagem retirada da Internet




Pessoalmente recorro bastante à análise SWOT. Na minha opinião ajuda-nos muito a clarificar algumas ideias, principalmente num possível caminho a seguir, com base num diagnóstico.

Poderemos ainda desenvolver um pouco a análise SWOT, de modo a facilitar as nossas decisões.


Em que:
W-T: Desfesa. Evitar que os pontos fracos/fraquezas da organização a exponham demasiado às ameaças externas.
W-O: superar os pontos fracos/fraquezas, para agarrar as oportunidades.
S-T: Como aproveitar os pontos fortes da organização para a poder defender das ameaças externas.
S-O: Aproveitar as oportunidades para o desenvolvimento da organização.


Existem também os conhecidos modelos de diagnóstico, como a EFQM (European Foundation for Quality Management) e o Modelo CAF (Common Assessment Framework). Sendo que este último tem uma versão especialmente dedica à Educação, a CAF Educação. Mas, falaremos nestes modelos em publicações nos próximos dias.


Bom fim de semana!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Diagnóstico organizacional...

Sempre que nos preocupamos e desejamos continuar um percurso no sentido da melhoria contínua, o primeiro passo será fazermos os possíveis para conhecer o nosso "estado atual". Só assim, só conhecendo a nossa realidade, conseguiremos traçar um plano de ações concretas no sentido da melhoria. 

Neste sentido, o diagnóstico organizacional assume uma importância crucial em qualquer processo.

O diagnóstico organizacional traduz-se num conjunto de ações tedentes a dar a conhecer o estado atual de uma organização (escola/agrupamento de escolas) ou situação de trabalho, identificando problemas, pontos fortes e aspetos a melhorar, identificando também potencialidades de melhoria, viabilizando, assim, um plano de ação concreto.

E, mais uma vez, sempre que falamos de qualidade e de diagnóstico organizacional, pensamos num ciclo PDCA, independentemente do modelo que vier a ser utilizado.


"Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida." (Sócrates)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Exemplo de estrutura para o Manual da Qualidade

Terminamos a semana deixando aqui dois exemplos de estruturas que poderão ser adaptadas para a criação do Manual da Qualidade.

Exemplo 1 (retirado de Abel Pinto e Iolanda Soares - Sistemas de Gestão da Qualidade Guia para a sua implementação - 2011):

Capítulo I - Gestão do manual
1. Objetivo e campo de aplicação do manual da qualidade
2. Estrutura do manual da qualidade
3. Preparação e aprovação do manual da qualidade
4. Revisão do manual da qualidade
5. Distribuição e divulgação do manual da qualidade
6. Promulgação pela administração/direção/presidência

Capítulo II - A organização
1. História e apresentação da organização
2. Principais serviços e/ou produtos
3. Visão, missão e política da qualidade
4. Localização e contactos

Capítulo III - Sistema de gestão da qualidade (SGQ)
1. Âmbito do sistema de gestão da qualidade
2. Exclusões
3. Processos do SGQ
4. Responsabilidades
    4.1. Responsabilidades pro processos
5. Documentação do SGQ
    5.1. Estrutura documental

Capítulo IV - Anexos
Anexo A - Siglas e abreviaturas
Anexo B - Organograma da organização


Exemplo 2 (adaptado do Manual da Qualidade da A3ES)
1. âmbito do Manual
2. A organização
    2.1. Enquadramento Legal
    2.2. Missão e objetivos
    2.3. Funções
    2.4. Plano Estratégico
    2.5. Estrutura Organizacional
3. Política para a Qualidade
    3.1. A política da qualidade
    3.2. Procedimentos de garantia interna da qualidade
4. Publicitação e registo histórico de versões

O Manual da Qualidade da A3ES é um exemplo de um manual que remete, através de hiperligações, para documentos que já existem na A3ES, demonstrando assim toda a articulação existente na instituição e como a qualidade pode funcionar como uma área facilitadora, no sentido de agregar toda a informação que, pro vezes se encontra dispersa pela organização (ajudando também a selecionar aquela que é realmente importante e estratégica).

Imagem retirada da Internet
Bom fim de semana!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Princípios Éticos da Administração Pública

A Carta Deontológica do Serviço Público foi aprovada a 18 de Fevereiro de 1993, em Conselho de Ministros, e publicada através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 18/93, publicada em DR I Série, N.º 64 de 17 de Março de 1993.

De acordo com esta Resolução do Conselho de Ministros, a Carta Deontológica do Serviço Público "constitui a síntese dos comportamentos e pretende ser um modelo para a ação do quotidiano, sem esquecer as limitações humanas dos funcionários e o seu desejo constante de aperfeiçoamento e auto disciplina. Trata-se de um guia que , por ser moral, se coloca aos níveis mais elevados de exigência das consciências individuais, isto é, ao nível da autoavaliação; por isso, os deveres éticos ultrapassam os meros deveres jurídicos, deixando para estes as incidências disciplinares e reservando para os primeiros a censura da consciência coletiva.
(...)
Respeita a todos os que trabalham para a administração pública central, regional e local, sejam eles dirigentes ou detentores de outras categorias (...) baseia-se nos valores considerados fundamentais do serviço público (...)".

Assim, os dez princípios é Éticos da Administração Pública, recaem sobre: 

Princípio do Serviço Público
Os funcionários encontram-se ao serviço exclusivo da comunidade e dos cidadãos, prevalecendo sempre o interesse público sobre os interesses particulares ou de grupos.


Principio da Legalidade
Os funcionários atuam em conformidade com os princípios constitucionais e de acordo com a lei e o direito.


Princípio da Justiça e Imparcialidade
Os funcionários, no exercício da sua atividade, devem tratar de forma justa e imparcial todos os cidadãos, atuando segundo rigorosos princípios de neutralidade.


Princípio da Igualdade
Os funcionários não podem beneficiar ou prejudicar qualquer cidadão em função da sua ascendência, sexo, raça, língua, convicções políticas, ideológicas ou religiosas, situação económica ou condição social.


Princípio da Proporcionalidade
Os funcionários, no exercício da sua atividade, só podem exigir aos cidadãos o indispensável à realização da atividade administrativa.


Princípio da Colaboração e Boa Fé
Os funcionários, no exercício da sua atividade, devem colaborar com os cidadãos, segundo o princípio da Boa Fé, tendo em vista a realização do interesse da comunidade e fomentar a sua participação na realização da atividade administrativa.


Princípio da Informação e Qualidade
Os funcionários devem prestar informações e/ou esclarecimentos de forma clara, simples, cortês e rápida.


Princípio da Lealdade
Os funcionários, no exercício da sua atividade, devem agir de forma leal, solidária e cooperante.


Princípio da Integridade
Os funcionários regem-se segundo critérios de honestidade pessoal e de integridade de caráter.


Princípio da Competência e Responsabilidade
Os funcionários agem de forma responsável e competente, dedicada e crítica, empenhando-se na valorização profissional.
(retirado de www.dgaep.gov.pt)

Imagem retirada da Internet